30 de jun. de 2010

Hoje, última chance de assistir "Uma Cabana em Marte" na Cinemateca , 19 hs



Une tente sur Mars, 75 min. 2008
Luc Renaud e Martin Bureau
Produção: Sonia Despars-Productions
Distribuição:Les Films de 3 Mars
www.f3m.ca


Trinta anos após o fechamento da colônia mineradora de Schefferville, o grupo indígena Innu, após ter tomado possessão dessa vila abandonada pelos quebequenses, enfrentam um novo desafio: a reabertura das minas de ferro. Território, identidade e legitimidade alimentam o diálogo entre os dois povos diante dessa luta, quebequenses e povos indígenas (Premières Nations). Duas identidades que se dizem colonizadas e cuja primeira se comporta, por vezes, de modo colonizador. A quem pertence o território? Os povos indígenas têm direitos à autodeterminação como os quebequenses? Com uma grande carga poética Une tente sur Mars busca algumas respostas diante dessa complexa situação.

Trente ans après la fermeture de la colonie minière de Schfferville, les Innu, après avoir pris possession de la ville abandonnée par les non autochtones, font face à um nouveau défi: la réouverture des mines de fer. Territoire, identité et légitimité nourrissent le dialogue entre deux peuples ayant le même combat. Québécois et Premières Nations. Deux identités qui se disent colonisées et dont la première se comporte parfois, paradoxalement, em colonisateur. À qui appartiennent le territoire? Les autochtones ont-ils droits à l’autodétermination au même titre que les Québécois? Une Tente sur Mars se veut une charge poétique face à cette situation complexe.

Indicado ao Prêmio Jutra 2010 na categoria documentário
Menção Especial do Juri Prêmio Pierre Perrault, Rendez-vous du Cinéma Québécois, Montréal, Canadá, 2009
Melhor Primeiro ou segundo documentário, Rendez-vous du Cinéma Québéquois, 2009

26 de jun. de 2010

Abertura da Mostra na Fête de Saint Jean de Québec em São Paulo, 24/junho











De cima para baixo:

1. Lise Gravel, Lysanne Thibodeau, Roberta Lara, Luc Renaud, Paula Morgado, Benjamin, Hogue, Pierre Pierre Luc Gouin, Michel Coulombe e João Cláudio de Sena

2. Luc Renaud, Paula Morgado, Pierre Luc Gouin, Yara Freiberg, Lysanne Thibodeau, Fernanda Chieco, Benjamin, Hogue e Michel Coulombe

3. Lise Gravel, Sra. Abina Dann, Cônsul do Canadá em São Paulo, Roberta Lara e José Castro, Assessor comercial do Bureau du Québec à São Paulo

4. Roberta Lara, Fernando Cupertino, Responsável pelas Relações Internacionais do CONASS e Lise Gravel

5. Michel Coulombe e Lise Gravel

6. Soraia Tandel, Diretora do Escritório de Imigração do Québec, Sr. Charles Larabie, Cônsul do Canadá no Rio de Janeiro e Lise Gravel

7. Eric Brochu, Sylvia Caiuby Novaes (Coordenadora do LISA) e Paula Morgado

8. Caroline Paixão e Marisa Kanda, chefes do Buffet Flor Café

9. Martin Langewellpott do Escritório de Representação do Estado da Baviera no Brasil e acompanhante

24 de jun. de 2010

O cinema autobiográfico de Lysanne Thibodeau


Éloge du retour, 43 min, 2001
Lysanne Thibodeau
Distribuição: Vidéographe
www.videographe.qc.ca

“A vida levou meu pai aos dez anos, cinco anos mais tarde minha mãe e irmão. Aos 21 anos parti para Berlim, retornando ao meu país quinze anos depois. De volta as minhas raízes, eu penso nas minhas lembranças... Partir, voltar, futuro.... Será que o tempo apaga de fato as coisas? Como um elogio a minha mãe, é minha vez de me tornar mãel”.

“La vie m'enleva mon père quand j'avais dix ans, puis ma mère et mon frère, cinq ans plus tard. À vingt et un ans, je pars à Berlin. Suite à un exil de quinze ans, je reviens dans mon pays. De retour à mes racines, je me souviens... Partir, revenir, avenir... Le temps efface-t-il vraiment les choses? Comme un éloge à ma mère, à mon tour, je deviens mère”.

23 de jun. de 2010

O cinema antropológico de Arthur Lamothe



Les Bûcherons de la Manouane
1962, 28 min
Arthur Lamothe
Produção e Distribuição: Office National d Film
www.onf.ca

Sob condições extremas trabalham os lenhadores de Québec. O filme explora lenhadores da região de Manouane na região da Haute Mauricie. Esse filme é o precursor do Cinema Verdade quebequense dos anos 1960, pioneiro no contato direto entre o documentarista e os sujeitos filmados.

Bûcherons de la Manouane s'inscrit dans la tradition du cinéma direct par sa manière de filmer la réalité. Par le ton dénonciateur de son commentaire, Arthur Lamothe, qui signe son premier film, s'inscrit dans la même démarche que plusieurs de ses collègues de l'Office national du film. Ce Gascon installé à Montréal, où il a poursuivi ses études universitaires, a vivoté pendant ses premières années canadiennes en faisant différents métiers, dont celui de bûcheron en Abitibi. Portrait peu flatteur d'une industrie, Bûcherons de la Manouane est un témoignage d'amitié envers les bûcherons et les autochtones qu'elle exploite. Il constitue un jalon dans l'histoire du cinéma canadien. Arthur Lamothe a soutenu par ailleurs que l'ONF avait censuré son film, en l'obligeant à atténuer ses attaques contre la compagnie forestière dirigée par des anglophones et contre l'Église catholique; il a aussi dû atténuer sa dénonciation des conditions faites aux autochtones

O cinema social de Anaïs Barbeau-Lavalette



Le Ring, 87 min., 2007, 35mm
Anaïs Barbeau-Lavalette
Produção: Institut national de l'image et du son (INIS-Relève)
Distribuição: Christal Films

Jessy, 12 anos, perambula pelas ruas de Hochelaga-Maisonneuve, periferia de Montréal e fica extasiado as sextas-feiras diante de seus heróis : os lutadores do bairro. Ele tem uma infância dura, como todos os meninos de sua vizanhança. Mas no dia em que sua família se despedaça Jessy encontrará forças para escapar de seu destino.

Jessy, 12 ans, erre dans les rues d'Hochelaga-Maisonneuve et s'époumone le vendredi soir devant ses héros : les lutteurs du quartier. Il a l'enfance dure, comme tous les gamins du voisinage. Mais le jour où sa famille vole en éclats, Jessy trouvera la force de se battre pour échapper à son destin.

Grande Prêmio (Novos Talentos) e Prêmio Golden Lion no Festival International du Film de Taipei (Taïwan), junho 2008
Prêmio de melhor direção no Mirada's Madrid International Women's Film Festival (Espanha), julho 2008.
Prêmio especial do juri; Prêmio de melhor ator no 6º Festival International de Vladivostok (Russia), setembro 2008.
Diploma especial no 38º "Molodist" Film Festival de Kiev (Ucrânia) , outubro de 2008.
Melhor Filme e Melhor Música no 10º Festival international du film d'Aubagne (França), março 2009.
Jutra de Melhor música, Canadá, março 2009.

21 de jun. de 2010

Cineastas presentes na Mostra " O Cinema de Quebec"


Lysanne Thibodeau, nascida em Montreal, com mestrado em cinema na Universidade Concórdia,  há mais de 20 anos, explora varias formas de expressão artística . Entre 1982 e 1996 morou na Europa, sobretudo em Berlim, onde realizou filmes de ficção, documentários, perfis de artistas, assim como video-arte e experimentação para diversas produtoras e canais de televisão europeu. Enquanto cineasta independente, Lysanne realiza roteiros, dirige e produz curtas e média-metragens. Entre eles destacam-se: Bad blod for the vampyr (1984) e Virginia or Do all roads lead to Romeo? (1992). Em Montreal dirigiu, produziu e roteirizou filmes de ficção e documentários com Films de l’Autre, entre eles:  Esprits de Famille (2007), Un jour la nui (2003), Éloge du Retour (2001), Ma chute du mur (2001). Co-dirigiu também o filme l’Ècole à l’hôpital (2005) com Les Productions Virage.

Michel Coulombe, crítico de cinema presente na Mostra " O Cinema de Quebec"


Michel Coulombe, crítico de cinema desde os anos 1980, dirigiu a Association des cinémas parallèles du Québec e o Rendez-vous du cinemaquébecois antes de criar o programa Silence court para a televisão (www.silenceoncourt.tv). Além de colaborador regular das revistas Bref e Ciné-Bulles, é cronista de cinema na radio RADIO-CANADA, nat elevisão RDI e na Internet (www.radio-canada.ca). Escreveu biografias dos diretores Denys Arcand, Jean Beaudin e Gilles Carle, e  o Dictionnaire du Cinéma québécois (2006).

Cineastas presentes na Mostra " O Cinema de Quebec"


Pierre Luc Gouin graduou-se em cinema na Universidade de Montreal (2002) e em seguida passou a dar formação em fotografia, cinema e som em Montreal, Guatemala e Nicaragua, além de realizar curtas-metragens. Desde 2006, trabalha como coordenador técnico na Main Film, centro de artistas dedicado ao cinema independente. Interessa-se pelo documentário e cinema experimental.

Cineastas presentes na Mostra " O Cinema de Quebec"


Luc Renaud, originário de Hull, trabalha em Québec. Geógrafo de formação pela Universidade de Sherbrook e em oceanografia na Universidade de Québec em Rimouski, realizou várias estadias em comunidades na África e America Latina associando trabalhos culturais e sociais. Durante 15 meses morou entre os Innu de Matimekush-Lac John, na província de Québec aonde realizou o documentário Une Tente sur Mars, presente na programação da Mostra. Luc Renaud ensina geografia, além de ministrar  cursos de direção e roteirização de filmes documentários em escolas de Québec.

Cineastas presentes na Mostra " O Cinema de Quebec"


Benjamin Hogue, formado em cinema na Universidade de Montréal, trabalha como diretor e produtor de documentários. Seu primeiro longa-metragem Lemoyne, sobre a vida e obra do pintor Serge Lemoyne, foi elogiado pela crítica e exibido em inúmeros festivais, canais de televisão e eventos no Canadá. Influenciado pelo cinema direto realizou o documentário Le chômeur de la mort, un portait do  famoso poeta Claude Péloquin. Atualmente Hogue produz um documentário sobre o poeta e político Gérald Godin, figura importante no cenário cultural de Québec.

Trailler de "Uma cabana em Marte" de Luc Renaud e Martin Bureau. O diretor Luc Renaud estará presente durante a Mostra.



Une tente sur Mars, 75 min. 2008
Luc Renaud e Martin Bureau
Produção: Sonia Despars-Productions
Distribuição:Les Films de 3 Mars
www.f3m.ca


Trinta anos após o fechamento da colônia mineradora de Schefferville, o grupo indígena Innu, após ter tomado possessão dessa vila abandonada pelos quebequenses, enfrentam um novo desafio: a reabertura das minas de ferro. Território, identidade e legitimidade alimentam o diálogo entre os dois povos diante dessa luta, quebequenses e povos indígenas (Premières Nations). Duas identidades que se dizem colonizadas e cuja primeira se comporta, por vezes, de modo colonizador. A quem pertence o território? Os povos indígenas têm direitos à autodeterminação como os quebequenses? Com uma grande carga poética Une tente sur Mars busca algumas respostas diante dessa complexa situação.

Trente ans après la fermeture de la colonie minière de Schfferville, les Innu, après avoir pris possession de la ville abandonnée par les non autochtones, font face à um nouveau défi: la réouverture des mines de fer. Territoire, identité et légitimité nourrissent le dialogue entre deux peuples ayant le même combat. Québécois et Premières Nations. Deux identités qui se disent colonisées et dont la première se comporte parfois, paradoxalement, em colonisateur. À qui appartiennent le territoire? Les autochtones ont-ils droits à l’autodétermination au même titre que les Québécois? Une Tente sur Mars se veut une charge poétique face à cette situation complexe.

Indicado ao Prêmio Jutra 2010 na categoria documentário
Menção Especial do Juri Prêmio Pierre Perrault, Rendez-vous du Cinéma Québécois, Montréal, Canadá, 2009
Melhor Primeiro ou segundo documentário, Rendez-vous du Cinéma Québéquois, 2009

19 de jun. de 2010

Animação "Belzebuth" do filme Dédé, através da neblina


Dedé, à travers les brumes, 140 min., 2009, 35mm
Jean-Philippe Duval
Produção: Max Films inc.
Distribuição/World Sales: Max Films International inc.

www.maxfilms.ca

Na paisagem bucólica e branca, em St-Étienne-de Bolton na região da Estrie, Dédé Fortin et seus Colocs se refugiam para compor o que se tornará o mais célebre e último álbum do grupo Les Colocs’ É inverno e durante um ano Dédé compõe e escreve as canções, na maior parte sozinho, oscilando entre momentos de criação e de profunda angustia. Nesse estúdio, realiza um balanço de sua vida e revisita seu passado que o atormenta e o inspira. Dedé se torna um ícone da música quebequense e da utopia por uma Québec libertária, morrendo aos 39 anos em maio de 2000 após cometer suicídio.

Dans la blancheur de la campagne québécoise, à St-Étienne-de-Bolton dans l’Estrie, Dédé Fortin et ses Colocs se retirent pour composer ce qui deviendra leur plus célèbre mais aussi leur dernier album, Dehors Novembre. Durant presque un an, Dédé y compose et écrit ses chansons, oscillant entre moments de création et périodes d’angoisse plus profonde. Le chanteur y fait le bilan de sa vie et revisite certains pans de son passé qui viennent parfois le hanter, parfois l’inspirer. Articulé autour de cette double trame chronologique, où le passé et le présent du chanteur s’entrecroisent, le film nous fait assister à la fois à la naissance de cet artiste important pour la chanson québécoise, mais aussi à sa lente descente en lui-même qui le mènera à sa mort, au mois de mai de l’an 2000.

17 de jun. de 2010

"Manifestos em série 8 - Descolonizar o pais", de Hugo Latulipe, filme de abertura da mostra "O Cinema de Québec"



Manifestes en série 8 - Decoloniser le pays, 46 min, 2008
Hugo Latulipe
Produção e Distribuição: Esperamos films


Manifestes en série é uma série de documentários em oito capítulos sobre o futuro de Québec. « Descolonizar o país » aborda o problema do consumo. Como diz seu diretor: « Consumimos mais energia, mais materia-prima. Em face dessa onda que não cessa de crescer, as empresas multinacionais e suas hordas de acionários passam a ter influência alem da jurisdição dos Estados. Como reverter essa tendência, essa louca super produção e super consumo? Em Quebec, as vezes, inspirado pela palavra dos povos mais antigos, um extrato cada vez maior da sociedade se opõe aos mega projetos e desejam uma Quebec mais ecológica”.

Manifestes en série est une série documentaire en 8 chapitres sur l’avenir du Québec. Selon son réalisateur: « Decoloniser le pays » met en lumière le problème de la consommation. Selon son réalisateur: « on consomme toujours plus d'énergie, de ressources naturelles et de matières premières. Et au devant de cette vague de fond qui ne cesse de prendre de l'amplitude, les entreprises multinationales et leurs cohortes d'actionnaires étendent désormais leur influence bien au-delà de la juridiction des États. Comment infléchir cette tendance, cette course folle de surproduction-surconsommation? Sur le territoire du Québec, parfois inspirée par la parole des peuples plus anciens, une frange de plus en plus importante de la population s'oppose aux mégaprojets de toutes sortes et souhaitent mener le Québec à raisonner son empreinte écologique”.

Prêmio Gémeaux 2008, Canada

11 de jun. de 2010

O que é preciso para viver, filme que faz parte do acervo do MoMA, de Nova Iorque




Ce qu’il faut pour vivre, 102 min., 2008, 35mm.
Benoit Pilon
Produção: ACPAV, www.acpav.ca
Distribuidor: Les Films Séville

Em 1952, Tivii, caçador inuit contrai a tuberculose e deixa a sua família, na região de Baffin, para se curar em um hospital de Québec. Tivii não fala uma palavra de francês e tenta fugir de um local onde nada lhe é familiar. Recusa-se a comer e tudo o que deseja é morrer. Por fim uma dedicada enfermeira o transfere para outro hospital onde há uma criança órfã inuit que passa a ser seu intérprete e, a partir de então, tudo muda para Tivii.


En 1952, Tivii, chasseur inuit atteint de tuberculose, quitte la Terre de Baffin et sa famille pour aller se faire soigner dans un sanatorium de Québec. Sans repères, ne comprenant pas le français, Tivii fugue mais est bientôt retrouvé dans une cabane, épuisé. De retour à l'hôpital, il refuse de s'alimenter et exprime son désir de mourir, ce que son médecin ne peut accepter. Sommée de trouver un moyen de le faire manger, l'infirmière Carole décide de transférer au sanatorium Kaki, un orphelin inuit qui, ayant été élevé par des Blancs, peut servir d'interprète à Tivii. Au contact du jeune garçon, le chasseur reprend goût à la vie et guérit peu à peu.

Prêmio de Melhor filme, ator e roteiro, Jutra, Canadá, 2009,
Prêmio do Júri, Melhor filme canadense popular, Montreal World Film Festival, agosto 2008
Prêmio de melhor ator, Palm Springs International Film Festival, USA, janeiro 2009
Prêmio, North Bay – Prêmio do Júri, Cinefest Sudbury, Canada’, fevereiro 2009
Prêmio Capital Focus – Prêmio de Júri – Prêmio Signis, Washington DC International Film Festival, USA, abril 2009
Prêmio de Audiência de filme favorito, Maine International Film Festival, USA, julho 2009.

3 de jun. de 2010

Documentário sobre o poeta beatnik Claude Peloquin, que será exibido na mostra com a presença dos diretores



Le chômeur de La mort, 67 min, 2008
Benjamin Hogue e Pierre Luc Gouin

Produção: Fonds canadien du film et de la vidéo indépendants , Conseil des Arts du Canada, Conseil des arts et des lettres du Québec
Distribuição: Vidéographe
www.videographe.qc.ca

“Prefiro passar por um louco a passar batido pela vida”. Emblema da contracultura quebequense, o poeta Claude Péloquin sempre viveu sem compromisso no fio da navalha desafiando a morte. Na trilha de sua vida desregrada, o documentário nos convida a acompanhar o artista pelo viés de cenas gravadas ao vivo, de imagens de arquivos, de distintos gêneros e trechos de sua obra.

“Je préfère passer pour fou que de passer tout droit”. Véritable emblème de la contre-culture québécoise, le poete Claude Péloquin a toujours vécu sans compromis, sur la corde raide “em taquinant la mort”... Sur les traces de son existence échevelée, ce documentaire nous convie à suivre l’artiste par le biais des scènes tournées sur le vif, d’archives en tout genre et d’extraits de son oeuvre.